Aromaterapia para profissionais do parto (Parte I – Introdução à Aromaterapia)


Tempo de leitura: 8 minutos ! 😉


A aromaterapia pode ser uma grande aliada em seu trabalho junto a gestantes, parturientes e puérperas. Aromaterapia é uma terapia complementar à medicina convencional e à homeopatia, cujo foco está na saúde do indivíduo (e não na doença) e que faz uso dos princípios ativos nos óleos essenciais presentes nas plantas e flores para restabelecer o equilíbrio físico e emocional dos organismos.

Para você aproveitar ao máximo todo o potencial dos óleos essenciais em seu trabalho com mulheres, gestantes e mães, o Empório Materno preparou um breve guia de aromaterapia na gestação, parto e pós-parto, dividido em duas partes. Esta é a Parte I – Introdução à Aromaterapia.  Para acessar a segunda parte clique no seguinte link: Parte II – Aromaterapia na gestação, parto e pós-parto.

Comece seus estudos em aromaterapia aqui e vá se aprofundando conforme conhece a diversidade de óleos essenciais e suas propriedades! Vamos lá?


Introdução à Aromaterapia

Óleos essenciais são compostos químicos naturais produzidos pelas próprias plantas para que possam sobreviver no meio ambiente. Os óleos essenciais são extraídos das plantas (folhas e flores) por meio de diversos métodos* como a destilação a vapor ou prensagem a frio.

É muito comum as pessoas se assustarem com o valor dos óleos essenciais. Isso porque esse valor se estalemon-906141_960_720belece, principalmente, devido a quantidade de plantas necessárias para a produção de um óleo essencial de boa procedência. Por exemplo, para  extrair 1 litro de óleo essencial de Eucalipto globulus são necessários em torno de 60 kg da planta. Já para produzir um litro de óleo essencial de rosas são colhidas, em média, quatro toneladas (isso mesmo que você leu: 4.000 quilos) de pétalas de rosas. Impressionante não é mesmo?

Então, fique atenta: se lhe oferecerem “óleo essencial” baratinho, desconfie. Provavelmente se trata de uma essência, que nada mais é que um perfume (um pouco de óleo essencial diluído em álcool). O aroma pode ser gostoso, mas não há nada de terapêutico nele, pois todas as propriedades medicinais da planta estão no óleo essencial puro e pouco têm a ver com seu aroma.

As duas formas mais usadas para absorção das propriedades terapêuticas dos óleos essenciais são: absorção dérmica (através da pele) e inalação (através do aparelho olfativo).

Mas não se engane com os muitos rótulos da aromaterapia – “natural”, “alternativo”, “cheirinho”. Trata-se de um tratamento complementar sério, baseado em estudos e milhares de anos** de usos empíricos das plantas. E como todo medicamento, os óleos essenciais possuem especificidades, indicações, contra-indicações e a forma correta de utilizar para aproveitar ao máximo suas propriedades.

Por serem substâncias extremamente concentradas (lembra-se do exemplo das rosas que demos logo acima?), os óleos essenciais não devem ser usados puros sobre a pele. As raras exceções são os óleos essenciais de Lavanda (Lavandula officinalis) e Tea Tree/Melaleuca (Melaleuca alternifolia) – mesmo assim com cuidado para o uso em peles sensíveis como as de gestantes e bebês.

>> Absorção dérmica: pode ser uma vigorosa massagem, escaldapés, manilúvios (igual a wellness-285587_960_720escaldapés, só que para as mãos!), banho de imersão, máscaras para pele e cabelos. Todas elas aproveitam a permeabilidade da pele para substâncias solúveis em gordura, que permitem que as pequeninas moléculas dos óleos essenciais sejam absorvidas pela derme chegando ao sistema sanguíneo rapidamente. Para aproveitar ainda mais os benefícios dos óleos essenciais por meio de massagens – e para evitar dermatites e alergias – utilize substâncias ou veículos carreadores para diluir os óleos essenciais, como:

  • Óleos vegetais: extraído de nozes, sementes e frutos, os óleos vegetais formam uma perfeita combinação com óleos essenciais para massagens, por permitirem a absorção das propriedades fitoterápicas através da pele e também do aparelho olfativo. Utilize óleos vegetais mais leves (menos viscosos) e com aroma neutro, como o de sementes de uvas e de amêndoas doces, para a rápida absorção da pele. Só tome cuidado para que não esteja comprando gato por lebre: se na embalagem constarem as expressões óleo mineral e essência, fuja rapidinho!
  • Iogurte natural ou leite integral: para diluir o óleo essencial que será usado em um banho de imersão (banheira, ofurô) ou em escaldapés
  • Mel, aveia e gérmen de trigo: para máscaras esfoliantes
  • Abacate: máscara capilar
  • Abacaxi: máscara para o rosto
  • Laranja: manilúvios

>> Absorção por inalação: ao serem inaladas, as diminutas moléculas dos óleos essenciais são absorvidas pela mucosa olfativa. Essa estimulação sensorial ativa o sistema límbico no cérebro, responsável por nossas respostas emocionais e psicológicas referente ao mundo que nos rodeia e nossas lembranças. O impulso nervoso no sistema límbico conduz a outras áreas do cérebro, responsáveis pela secreções hormonais, o que acaba desencadeando reações físicas por meio do simples ato de inalar um bom óleo essencial.

“Os óleos essenciais, via nervos olfativos, afetam, entre outras partes do cérebro, o sistema límbico – uma das mais primitivas áreas da consciência. Embora eles sejam ferramentas de uma terapia sutil, os óleos essenciais têm o poder de penetrar profundo na psique e relaxar a mente e inspirar o Espírito.”***

A inalação dos óleos essenciais pode ser feita de diversas maneiras, com a ajuda de aromatizadores/difusores:

flower-731300_960_720

Pronto! Com essa breve introdução você está preparada para conhecer um pouco melhor os benefícios da aromaterapia durante a gestação, parto e pós-parto! Confira a Parte II – Aromaterapia na gestação, parto e pós-parto

Muita sabedoria e luz no seu caminho!


Sem os conhecimentos de Nanda Aranda, naturóloga, doula e fundadora da Althea Naturologia esse artigo não teria sido possível. Obrigada Nanda! ❤ . Conheça o trabalho da naturóloga e doula Nanda Aranda aqui: Althea Naturologia

*Conheça melhor as formas de extração aqui: Como é feita a extração dos óleos essenciais? 

** Conheça um pouco melhor a história da aromaterapia aqui: História da Aromaterapia

*** Fonte: BioEssência.com.br


Posts relacionados: 

6 comentários Adicione o seu

  1. Adriana Policarpo dos Santos disse:

    Excelente artigo. Gratidão por compartilhar…..

    Curtir

  2. Olá, Nadia! Muito obrigada por seu comentário!

    Você está se referindo à Parte II? Se sim, ela ainda não foi publicada, por isso não há um link de direcionamento. Mas o texto já está sendo produzido e em breve estará no ar (provavelmente hoje mesmo, dia 16/05/16, então fique de olho aqui ou em nosso Facebook (facebook.com/emporiomaterno) onde todos nossos posts são publicados!! 😉

    Atenciosamente,

    Raquel

    Curtir

  3. Nadia Carvalho disse:

    não estou conseguindo ser os textos para profissionais do parto.

    Curtir

Muito obrigada pelo seu comentário! Responderemos o mais breve possível! :)